Trabalho Científico

PELE ALÍPICA

Grazielle Queiroz Goecking [1]
Jéssica Regina Araújo Martins [1]
Leila Maria de Souza [1]
Paula Dias Barbosa [1]
Poliana Maria de Sousa Santos [1]
Veruska Ferreira Zanitti Vieira da Silva [1]

Guilherme Carneiro [2]

RESUMO

A pele alípica, popularmente conhecida como pele seca ou xerose é fina e opaca, com tendência à descamação por haver alteração na função da barreira hídrica da pele e pela diminuição da formação de secreção sebácea. Apresenta marcas topográficas aumentadas e possui elasticidade diminuída. Esses aspectos tornam-se mais comuns no outono e inverno por estarem associados aos hábitos de vida e a baixa umidade. Para esse tipo de pele são destinados cosméticos desenvolvidos para a hidratação do estrato córneo, por meio de mecanismos como: oclusão, umectação e emoliente, além de formulações de maquiagens cremosas e mais consistentes para dar uma boa dose de hidratação na pele. Associado ao mecanismo de hidratação têm-se os benefícios que a drenagem linfática pode trazer a esta pele por proporcionar ajuda na melhora da oxigenação dos tecidos e na melhora da nutrição celular.
Palavras-chave: pele alipíca, pele seca, xerose, descamação, hidratação.


[1]  Alunas do Curso de Estética e Cosmética do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH
[2]  Professor Orientador do TIG II

1 INTRODUÇÃO
A pele seca é consequência de uma modificação na barreira cutânea. A causa pode ser de uma grande variedade de fatores, em particular fatores climáticos. As células epidérmicas perdem sua capacidade de reter a água, que então evapora. A pele fica ressecada, desconfortável, com sensações de repuxamento. Ela é frágil e fica facilmente irritada, no corpo também apresenta rachaduras e linhas em diferentes áreas, com tendência à descamação.  Cremes ou loções hidratantes para o corpo são essenciais para combater a pele seca. A hidratação é o melhor meio de se obter melhora no aspecto visual e tátil.  Ela proporcionará sensação de conforto, alívio e toque agradável, auxiliando a restaurar a camada hidrolipídica e, assim, deixa a pele mais bonita, macia e sedosa. Enquanto este produto estiver na pele reterá água e mantê-la-á hidratada. Possuindo diversas formas e meios de hidratação. Estes produtos devem ser aplicados diariamente, particularmente depois do banho.
Este trabalho é importante, pois, ensina como caracterizar a pele seca, mostra diversas opções de cosméticos com princípios ativos que vão melhor hidratá-la, qual a forma correta de higienizá-la e seus cuidados diários, qual o melhor tipo de maquiagem a ser usada, e uma estratégia para melhorar o seu aspecto por meio de drenagem linfática.
2 CARACTERÍSTICAS DA PELE ALÍPICA (SECA)
A pele alípica, popularmente conhecida como pele seca ou xerose, é fina e opaca porque sua superfície áspera é menos capaz de refratar luz, poros pouco visíveis, com tendência à descamação, principalmente no frio se mostram mais quebradiça e opaca após lavagem com sabonetes e uso de produtos de limpeza, onde ocorre uma sensação de "repuxamento" (KEDE, 2009).            
 É caracterizada como pele alípica toda pele que possui uma diminuição da síntese dos compostos que promovem a hidratação natural, em virtude do decréscimo da fase lipídica na película hidrofílica, e por diminuição da secreção sebácea, ocorre à redução da quantidade de água na camada córnea devido à alteração da película hidrolipídica, para um teor menor de lipídeos intracelulares (COSTA, 2004).                               
 Além disso, a pele seca tem como característica marcante uma cor branco-acinzentada. Apresenta marcas topográficas aumentadas (linhas de expressão), possui elasticidade diminuída, que evidencia o surgimento de rachaduras e fissuras de grande densidade, através do uso ou exposição excessiva a tensoativos. É uma pele mais sensível e requer maiores cuidados para evitar um envelhecimento precoce. Possui fraca atividade das glândulas sebáceas, fruto de uma predisposição genética associada à exposição de fatores agressivos (BORGES, 2007).
 A alteração em qualquer um dos três componentes da barreira hídrica no estrato córneo pode causar alteração na função da barreira hídrica da pele (KEDE, 2009). Pessoas de pele alípica possuem uma perturbação da estrutura normal da bicamada lipídica (BENNY, 2003). Comparação da estrutura de uma pele normal em comparação com uma pele seca, que possui alteração na barreira hídrica do estrato córneo (Figura 1) (KEDE, 2009).
 Pessoas que possuem pele alípica, podem sentir um prurido (coceira) no corpo quando essa pele não possui nenhuma hidratação (COSTA, 2004).                                 
 O biotipo mais predisposto a ter a pele alipíca é pessoas de pele clara, em especial loira, de pele fina e branca, pessoas acima de 40 anos de idade, idosos por diminuição fisiológica da capacidade de manter a hidratação no organismo, decorrente principalmente da deficiência micro e macro vascular.
           
Figura 1: Estrutura da pele normal em comparação com a pele seca.
FONTE: BAUMANN, 2004.

Os locais onde está mais evidente a pele alípica são os membros inferiores, principalmente nas pernas e pés. Já a população jovem e de meia idade, a pele alípica, se dá a partir de hábitos de vida, como exemplo os banhos muito quentes e demorados, e o uso de sabonetes impróprios. Esses aspectos tornam-se mais comum no outono e inverno, por estarem associados aos hábitos de vida e a baixa umidade (BAUMANN, 2004).

3 COSMÉTICOS PARA A PELE SECA
São cosméticos desenvolvidos para a hidratação do estrato córneo, por meio de mecanismos como: oclusão, umectação e hidratação ativa (BAUMANN, 2004). E por meio destes mecanismos, possibilitar a recomposição das lamelas na camada córnea e formação das aquaporinas 3 (RIBEIRO, 2010).

3.1 Oclusão
O mecanismo de oclusão forma uma barreira lipídica superficial, por meio de um filme graxo sobre a pele, que evita a evaporação de água e a perda transepidermal (Figura 3) (RIBEIRO, 2010). Exemplos de ativos hidratantes oclusivos são os óleos minerais, animais e vegetais, que são substâncias lipofílicas (Tabela 1) (RIBEIRO, 2010).
A vantagem dos óleos vegetais é que são naturais e ricos em triglicerídeos de ácidos graxos insaturados, que são componentes da secreção sebácea. As manteigas são naturais e ricas em triglicerídeos, mas apresentam um teor maior de ácidos graxos saturados (BAUMANN, 2004).
Todos estes ativos cosméticos ajudam a retardar a perda de água (RIBEIRO, 2010).
O petrolato é estável, pois as moléculas de hidrocarboneto presentes não sofrem a oxidação. Além disso, ele não causa reação alérgica e não é comedogênico. Nos cosméticos, são combinados com outros ingredientes, pois, se usado isoladamente, provoca uma sensação oleosa na pele (RIBEIRO, 2010).

Figura 3: Representação esquemática da retenção de água promovida pela formação de filme lipofílico sobre a camada córnea. Onde se encontra o filme formado por material lipofílico, a saída da água é dificultada, o que faz aumentar a retenção hídrica na camada córnea.
Fonte: RIBEIRO, 2010.

Tabela 1. Relação de alguns ativos cosméticos que hidratam a pele por oclusão.
Derivados minerais
Petrolatum (Vaselina); Óleo mineral; Parafina; Esqualeno.
Gorduras animais
Lanolina; Gordura de ema.
Manteigas vegetais
Karité; Manga; Cupuaçu; Oliva; Ucuuba; Tucumã; Cacau; Murmuru.
Silicone
Dimeticones.
Óleos Vegetais
Abacate; Macadâmia; Germe de trigo; Girassol; Maracujá; Uva; Castanha do Brasil; Canola; Milho; Algodão; Babaçu; Pequi; Patauá; Buriti.
Ceras
Abelhas; Carnaúba; Jojoba.
Álcoois graxos
Álcool de lanolina; Álcool cetílico; Álcool cetoestearílico; Octildodecanol.
Ácidos graxos
Ácido esteárico.
Fonte: RIBEIRO, 2010.

A lanolina é composta por ácidos graxos, alcoois graxos e misturas complexas de ésteres. Assemelha-se aos lipídeos da pele humana, química e fisicamente. Capaz de formar estruturas multilamelares, encontrados na camada córnea entre os corneócitos (BAUMANN, 2004).

3.2 Umectação
Os agentes umectantes são hidrossolúveis, com alta capacidade de absorção de água. Os hidratantes que agem por umectação são capazes de reter a água proveniente da formulação, a água perdida pela camada córnea mais superficial na pele e da atmosfera (Figura 4) (RIBEIRO, 2010).
Os umectantes que atuam como hidratantes cosméticos são hidrolisados de proteína vegetal ou animal, já os derivados proteicos têm a capacidade de reter e absorver água tanto do ambiente úmido, quanto da água que seria evaporada da pele e da formulação cosmética (RIBEIRO, 2010). Os agentes umectantes, por acumularem a água na pele, causam um leve edema do estrato córneo, dando percepção de pele mais lisa (BAUMANN, 2004).

Figura 4: Representação esquemática de um hidratante umectante. A água proveniente da fórmula quanto da atmosfera e da pele é retida pelo filme hidrofílico formado sobre a camada córnea, aumentando a retenção de água na superfície cutânea.                                      
Fonte: RIBEIRO, 2010.

A queratina, como exemplo, aumenta a hidratação, retêm água na camada córnea e aumenta a elasticidade. Os polissacarídeos provenientes das algas são ricos em ácido hialurônico e mucilagens, que absorvem e retêm água na superfície da camada córnea, formando um filme sobre a pele por serem capazes de formar ligações de hidrogênio com a água (RIBEIRO, 2010).                    
Utiliza-se a glicerina em alguns cosméticos por ela apresentar diversas ações, como: a atração de água, a manutenção de lipídeos intercelulares e estruturas cristalinas de membranas celulares, descamação por hidratação e osmerregulação intracelular. Utilizado em alta concentração, acima de 25%, há uma hidratação mais eficaz e rápida (KEDE, 2010).                   
A ureia é muito eficaz por ser higroscópica, tem alta capacidade de ligar-se à água por inclusão em estruturas cristalinas da camada córnea. Quando associada a vitaminas e ceramidas, aumenta ainda mais sua hidratação (BAUMANN, 2004).           
Os α-hidróxiácidos (AHAs) fazem parte da família de ácidos orgânicos que possuem propriedades esfoliantes. Os tipos mais utilizados em produtos hidratantes, ácido lático derivado do leite azedo e os ácidos glicólicos, derivado da cana-de-açúcar (BAUMANN, 2004).
 O ácido mandélico derivado da maçã, ácido tartárico derivado das uvas, ácido cítrico derivado das frutas ácidas também exercem influência na queratinização da pele. O ácido salicílico, esfoliante químico é um  β-hidróxiácido (BHA), derivado da casca de vidoeiro, casca de salgueiro e folhas de gualtéria. Possui como efeitos cosméticos a normalização de esfoliação do estrato córneo, promovendo na superfície da pele diminuição de escamas secas e maior plastificação (BAUMANN, 2004).        
             O ácido lático promove descamação, melhora a aspereza da pele e promove aumento na produção de ceramidas pelos queratinócitos (BAUMANN, 2004).         
Já o lactato pode ser associado ao ácido láctico para a correção do pH. O lactato de amônio a 5% demonstra melhoras na pele seca. (BAUMANN 2004).                         
O sal sódico do ácido 2- pirrolidona-5-carboxílico (PCA-Na), no interior da camada córnea, retêm água que provêm da derme e epiderme. O PCA-Na promove maior elasticidade da camada córnea e alta capacidade em baixa umidade relativa de reter água (RIBEIRO, 2010).
A trealose atua pelo mecanismo de vitrificação para hidratar a pele, que são moléculas de açúcar que interagem com sistemas hidrobióticos, formando cristais líquidos amorfos, que impedem a desnaturação de bioestruturas e ruptura. Os lipídeos polares que formam a estrutura lamelar entre os corneócitos interagem com este açúcar na pele, fazendo-os estabilizar e impedir alteração na região, diminuindo a perda de água pela pele (BAUMANN, 2004).
A arginina é um aminoácido de alta hidrofilia que tem efeito sinérgico quando se associa à ureia, o que faz aumentar a quantidade de água na camada córnea e melhorar a capacidade de hidratação da ureia (BAUMANN, 2004).
O propilenoglicol atua como umectante e agente oclusivo. Possui propriedade queratolítica e antimicrobiana e é capaz de fazer com que as drogas como o minoxidil e esteroides penetrem melhor na pele (RIBEIRO, 2010).
O oclusivo cobre o estrato córneo e reduz à perda transepidérmica, o umectante atrai à água da atmosfera e da epiderme, hidrata a pele e o emoliente suaviza e amolece a pele. Um hidratante eficaz conterá os dois componentes, oclusivos e umectantes combinados (RIBEIRO, 2010).

3.3 Hidratação Ativa (Aquaporinas)

Segundo a descoberta do cientista americano Peter Agre, há uma revolução nos tratamentos de beleza, que são fórmulas químicas capazes de manter a hidratação nas camadas inferiores da pele. É um composto de canais formados por proteínas que atravessam a membrana celular e permitem a entrada e saída de água como principal sistema de irrigação dos tecidos do corpo humano. O pesquisador batizou esses canais de aquaporinas (ROCHA-FILHO, 2003).
As aquaporinas são proteínas transmembrânicas que funcionam como canais de água, conduzem seletivamente as moléculas de água para dentro e fora da célula, ao mesmo tempo, prevenindo a passagem de íons e outros solutos (figura 5) (ROCHA-FILHO, 2003).

Figura 5: Representação de como as aquaporinas realizam o transporte da água tanto do meio externo para o interno, quanto do interno para o meio externo, promovendo a hidratação.                                                                                         Fonte: EDITORA ABRIL, 2010.
 A aquaporina-3, AQP3 ou aquagliceroproteína é uma proteína transmembranar encontrada na pele, principalmente nos queratinócitos suprabasais e basais. Essas proteínas têm uma diminuição gradativa nas células córneas, em exposição ao sol e no envelhecimento, até seu total desaparecimento. Esta redução tem sugerido ser responsável pela diminuição da hidratação da camada córnea e a homeostasia cutânea. É permeável à água e ao glicerol (RIBEIRO, 2010).
Tem como objetivo oferecer um sistema capaz de aumentar a formação e estimular a atividade das aquaporinas presentes na pele humana, tendo como ativo um composto por bio-peptídeo exclusivo derivado do ácido glutâmico ligado a um dissacarídeo extraído de plantas do deserto, que lhe permite essa função. Segue um esquema ilustrativo do mecanismo de ação da aquaporina 3 (Figura 6) (ABRIL, 2010).


Figura 6: Esquema ilustrativo dos canais de AQP-3 presentes na membrana plasmática celular da pele. Estes canais proteicos são responsáveis pela regulação da passagem de água (representadas em vermelho), de glicerol (representadas em verde) e de solutos de baixo peso molecular para o interior das células, determinando, então, a hidratação tecidual.
Fonte: EDITORA ABRIL, 2010.

4 IMAGEM PESSOAL
Para os cuidados diários de higiene e hidratação da pele seca, deve-se fazer a limpeza, tonificação, hidratação e utilizar o fotoprotetor. Para realizar esses cuidados devem-se seguir algumas etapas. 
Para a limpeza de pele da pele alípica, usam-se loções de limpeza ou leites, que hidratam, limpam e tem tensoativos suaves. Os tensoativos devem ser não iônicos de ação detergente suave, hipoalergênicos, de origem vegetal, que quando combinados aos ésteres emolientes e as ceras formam um filme protetor sobre a pele. Deve ser evitado na limpeza da pele seca, água quente, loções alcoólicas e sabonetes convencionais (RIBEIRO, 2010).
O segundo passo da limpeza, é a tonificação da pele. Os tônicos removem os resíduos que não foram retirados pelos agentes de limpeza. Devem conter ativos hidratantes, como glicerina, hialurato de sódio, alantoína, PCA-Na e não devem conter álcool (RIBEIRO, 2010).
Para a hidratação é recomendável tratamento completo com emolientes livres de detergência, óleo de banho e creme emoliente. Alguns princípios ativos dos cremes emolientes: ácido hialurônico, oligoelementos, PCA-Na, ureia, vitamina C, alantoína, lactato de amônio, óleos vegetais de amêndoas doces, macadâmia, semente de uva, oliva, gergelim e algodão. Os veículos mais utilizados para pele seca são as emulsões O/A ou A/O e as bases oleosas. (RIBEIRO, 2010).
Finalizando com a fotoproteção FPS 15 ou superior, em emulsões cremosas por serem mais emolientes. (RIBEIRO, 2010).
Outros tipos de cuidados com a pele seca para uma melhor absorção dos hidratantes é recomendável fazer uma vez por semana uma esfoliação leve. Pode-se também utilizar máscaras faciais que contenham ceras na formulação, ela impede a perda transepidérmica de água enquanto permanece em contato com a pele. (RIBEIRO, 2010).
4.1 Maquiagem
Para a maquiagem devem-se utilizar formulações cremosas e mais consistentes para dar uma boa dose de hidratação na pele. Utilizar base com hidratante para manter a pele hidratada durante todo o dia (MOLINOS, 2000).
Na maquiagem para pele seca, é preciso adicionar o brilho ausente. Isso pode ser feito com a aplicação de produtos de texturas mais úmidas e produtos com efeito de brilho e cintilância. O uso de um bom hidratante é essencial antes da maquiagem. Use somente produtos adequados para seu tipo de pele e sua faixa etária, opte por bases com filtro solar. Maquiagem com partículas de brilho (cintilantes) ajudam a desenvolver o aspecto de viço da pele. Não use produtos oil free (que não tem óleo na composição), pela ausência de viço na pele, evite produtos que dão efeito matte (sem brilho). Não use produtos com álcool (ESPELHO, 2011).
O ideal para pele seca é usar o pan stick , que é um corretivo em bastão que é mais espesso (CEZIMBRA,2005). É ideal também usar base líquida (com componentes hidratantes e umectantes), máscaras de cílios, lápis para contorno dos olhos e delineadores somente resistentes a água, sombra cremosa, creme a pó ou compacta de preferência com leve cintilância, e blush cremoso (ESPELHO, 2011). 
5 DRENAGEM LINFÁTICA
A drenagem linfática ajuda na melhora da oxigenação dos tecidos, na melhora da nutrição celular e o excesso de líquido é retirado, fornecendo melhores condições de irrigação sanguínea e de nutrição tecidual promovendo o relaxamento dos músculos da face e a eliminar as toxinas por detoxificação dos tecidos intersticiais. A retirada de líquido intersticial pobre em nutrientes e rico em toxinas favorecem a troca e o aporte de substâncias importantes ao organismo, possibilitando a constante renovação de líquido intersticial nos tecidos. Suas vantagens vão desde revitalizar a pele do rosto, amenizar olheiras, tratar hematomas decorrentes de traumas, doenças e cirurgias (BORGES, 2010).


Figura 7: Drenagem linfática facial sendo realizada.
Fonte: http://www.powerlife.com.br/drenagem.htm

Todos os toques e manobras da drenagem linfática devem ser feitos suavemente. Os movimentos são de deslizamento e bombeamento e têm a finalidade de desobstruir os canais linfáticos. Primeiramente, é feita a abertura dos gânglios no pescoço, colo e axilas e, em seguida, a drenagem propriamente dita, direcionando a linfa, com seu conteúdo, toxinas e líquidos retidos, para serem eliminadas por esses gânglios. As sessões podem ser feitas uma vez por semana, ou mais. A drenagem tem objetivos preventivos, estéticos e terapêuticos (ELWING, ORLANDO, 2010).
6 CONCLUSÃO
O homem já nasce em busca de algo que encha seus olhos, que seja bonito, que desperte prazer. A procura pela definição do que era belo, era discutido por pensadores, hoje tido como grandes nomes: Sócrates, Aristóteles, Kant e Hegel, cada um buscando sua forma de expressar o ser belo.
Nos dias de hoje o homem continua em busca desta beleza, como se tornar mais bonito, agradável e atraente. E com avançados dos aparelhos e produtos para a beleza, houve a necessidade de um profissional especializado. Nasce então, a profissão do esteticista. O esteticista é um importante profissional especializado nos tratamentos de beleza, saúde do corpo e pele. Ele trabalha em prol do bem-estar físico e mental das pessoas, para que possam estar satisfeitas consigo mesmas, alcançando a felicidade almejada.
Hoje, o profissional aliado a seus conhecimentos e a gama de aparelhagens avançadas, oferecidas no mercado, de diversos tipos e finalidades, podem ser combinados com modernos produtos cosméticos muito eficazes. Juntos, podem oferecer um melhor tratamento, com melhores resultados. No auxílio à pele seca, tema proposto do trabalho, ela pode orientar seu cliente, a como higienizar e ter os cuidados diários com esta pele. Fazer tratamentos de esfoliação e hidratação profunda de forma regular. Apresentar os diversos cosméticos disponíveis e específicos para este tipo de pele, para o conhecimento deste cliente, possibilitando-o um melhor convívio com este problema.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BAUMANN, Leslie. Dermatologia Cosmética: Princípios e Prática. Editora Revinter.

BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. 2010. p. 382.

CEZIMBRA, Márcia. Maquiagem: técnicas básicas, serviços profissionais e mercado de trabalho. ed. Senac Nacional. RJ. 2005. 

EDITORA ABRIL. Revista Veja. A ciência a favor da beleza: Como a descoberta do sistema de hidratação profunda da pele, feita 
por um prêmio Nobel, abriu caminho para uma revolução nos cosméticos. Edição 2154, 3 de março de 2010. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/030310/ciencia-favor-beleza-088.shtml  >. Acesso em: 20/03/2013.

ELWING, Ari. ORLANDO, Sanches. Drenagem Linfática Manual: Teoria e Prática. Editora Senac. São Paulo. 2010.

 ESPELHO, Paula. Pequeno livro de maquiagem – Guia para toda hora. ed. Verus, 2011.

KEDE, Maria Paulina Vilarejo. SABATOVICH, Oleg. Dermatologia Estética. 2 ed. rev. e amp. Atheneu.

MOLINOS, Duda. Maquiagem. ed. Senac SP. 2000.

OSBORN, Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo. Cultrix, 1993.

RIBEIRO, Cláudio de Jesus. Cosmetologia Aplicada a Dermoestética. 2 ed. 2010.